segunda-feira, 14 de março de 2016

Benchmarking & Pensamento Lean


Benchmarking é uma forma de descobrir como é que a melhor performance foi alcançada. Esta informação pode ser utilizada na identificação de falhas nos processos de produção de uma empresa no sentido de obter vantagem competitiva. É importante para a implementação do Pensamento Lean que:

• Se entenda o objetivo do uso do benchmarking;
• Se compreenda a diferença entre benchmarking e investigação pelo concorrente (competitor research);
• Se consciencialize um alinhamento do benchmarking com os objetivos da gestão da empresa. 




Na aplicação de um processo de benchmarking deve-se ter em conta:
·         Política da empresa;
·         Disponibilidade de recursos;
·         Processos em que se trabalha.

Para a aplicação do benchmarking, torna-se necessário:

1.      Compreender onde estão as falhas na performance da empresa – isto ajudará a encontrar o que necessita de benchmarking;
2.      Obter aprovação da direção da empresa – isto permitirá eliminar barreiras, obter os recursos adequados e acelerar o processo de benchmarking;
3.      Documentar os objetivos e o escopo do benchmarking – isto é necessário para qualquer projeto;
4.      Documentar sobre o estado atual do processo – sem uma atualização sobre o estado do processo:
a)      Tempo e recursos podem ser desperdiçados conduzindo ao levantamento de dados que já existem;
b)      O projeto pode ter falta de foco, objetivo e profundidade de abordagem;
c)      O benchmarking pode dar a imagem de meras visitas aleatórias para a colheita de informação sem utilidade;
d)      A empresa pode correr o risco de escolher parceiros ou referências que não são melhores que aqueles que já existem no interior da mesma;
e)      A comparação de dados extraídos do benchmarking pode estar enviesada.
5.      Chegar a consenso sobre o que se pretende medir. As avaliações que o benchmarking permite, são utilizadas como base de várias comparações:
a)      Determinar a diferença de performance entre os parceiros de uma empresa;
b)      Rastrear o progresso/desenvolvimento da empresa do presente para o futuro;
c)      Acompanhar a evolução dos parceiros da empresa em torno dos seus próprios objetivos;
d)      Determinar uma melhor performance com implementação de melhorias;
e)      Uso de MAS – Measurement Systems Analysis (metodologia para determinar se os erros e desvios dos sistemas de medição (equipamentos de medição, sensores e outros dispositivos de medição) se mantêm dentro de valores aceitáveis às exigências das especificações de produto ou processo e estáveis ao longo do tempo):
                                                        I.            Estas comparações serão válidas se a performance de todos os participantes no estudo forem realizadas da mesma forma e no mesmo tempo.
                                                     II.            É importante assegurar que os parceiros já realizam benchmarking ou que a informação pode ser facilmente extraída de outras medições/avaliações realizadas.
6.      As medições/avaliações devem tornar claro:
a)      Sobre o que está a ser medido/avaliado;
b)      Como é que as unidades de medição são classificadas;
c)      O que é que deve ser incluído na medição/avaliação;
d)      O que é que não deve ser incluído;
e)      Como se devem fazer os cálculos;
f)       Exemplos das avaliações mais comuns.
7.      Haver concordância sobre o que fazer benchmark. Este consenso permitirá:
a)      Entender as diferenças entre as diferentes performances;
b)      Entender o impacto para os clientes, parceiros e stakeholders;
c)      Priorizar e selecionar uma a três unidades de medição para benchmark;
8.      Desenvolver um plano para a colheita de informação;
9.      Identificar as fontes de informação e iniciar a recolha de dados;
10.  Construir um instrumento de colheita de dados:
a)      Ter o foco nos indicadores de excelência;
b)      Duas páginas no máximo;
c)      30 minutos no máximo para ser preenchido;
d)      Detalhado mas objetivo;
e)      Possuir questões de escolha múltipla;
f)       Evidenciar o planeamento, os objetivos e as fontes do estudo.
11.  Explicar como contatar e descrever a empresa(s);
12.  Decidir se a informação recolhida vai de encontro aos objetivos iniciais;
13.  Coordenar a visita ao lugar;
14.  Aplicar a aprendizagem para melhorar as falhas na performance;
15.  Estar em contato com a administração da empresa para assegurar um apoio contínuo durante o estudo;
16.  Desenvolver recomendações com a administração;
17.  Analisar e colocar em prática;
18.  Saber quando atualizar ou reformular o processo.

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